top of page
Foto do escritorNATAN

O Projeto Construindo O Som

Atualizado: 22 de set. de 2024

(Como prática inclusiva e socialmente desejada, todas as imagens deste blog possuem a descrição do seu conteúdo (Alt) para facilitar a acessibilidade de pessoas portadoras de necessidades especiais).


Quem é Roberto Luis Castro e qual a sua contribuição para as áreas de Educação Musical, Musicoterapia e Construção de Instrumentos (Entrevista)



Roberto Luis Castro utiliza uma trena para medir as dimensões de um viibrafone, instrumento melódico de percussão.
Roberto Luis Castro

LUTERIA DE PERCUSSÃO


Ser um luthier especializado em construir instrumentos musicais de percussão exige habilidades especiais e conhecimentos profundos sobre a natureza de tais instrumentos. Infelizmente, a formação específica para essa área ainda é escassa, e os conhecimentos existentes são em grande parte informais e dispersos. Técnicas e habilidades necessárias são frequentemente adquiridos de maneira informal, na observação e aprendizado com mestres experientes ou através do método pessoal de tentativas e acertos. Isso significa que o conhecimento adquirido é relativamente restrito, e a bagagem de experiência acumulada varia de pessoa para pessoa.

A carência de cursos de formação para luthiers com especialização em instrumentos percussivos, pincipalmente melódicos, como os instrumentos de percussão de barras, dificulta o acesso a informações e tecnologias mais avançadas, restringindo o potencial criativo e técnico dos profissionais e dificultando o desenvolvimento, compartilhamento e registro de novos desenvolvimentos nessa área.

No entanto, mesmo com essas dificuldades, muitos luthiers de percussão são capazes de produzir instrumentos de alta qualidade e desempenham papel importante na cena musical. Sua dedicação e paixão pelo que fazem é evidente em cada instrumento construído, e é por isso que seguem sendo valorizados e respeitados na comunidade musical.

A experiência do luthier que constrói instrumentos musicais de percussão de barras é única e envolve muito mais do que apenas habilidades técnicas. É uma combinação de conhecimento teórico, habilidades manuais e paixão pelo som dos instrumentos.



CONSTRUINDO O SOM

(Veja links institucionais e redes sociais do Ateliê ao final desta matéria)


Logotipo com fontes em estilo amadeirado com o texyo: Construindo O Som e o ícone de Marca Registrada
Construindo O Som (Marca Registrada)

Construindo O Som® é uma empresa individual que se dedica à produção artesanal de instrumentos musicais, especialmente os melódicos percussivos, como metalofones, xilofones e outros. Fundada pelo músico e educador Roberto Luis Castro, que possui mais de 40 anos de experiência na produção artesanal de instrumentos, o Ateliê Construindo O Som é referência em qualidade e criatividade em seu segmento.


Etapas da produção de xilofones: caixas de ressonância e teclas empilhadas
Etapas da produção de xilofones no Ateliê Construindo O Som

O empreendimento surgiu com o objetivo de atender às demandas pedagógicas e terapêuticas identificadas pelo fundador ao longo de sua carreira. Roberto Luis acredita na importância das artes para o desenvolvimento humano e, por isso, valoriza e estimula a fruição das linguagens artísticas. O Ateliê Construindo O Som adota insumos e materiais de qualidade para maximizar a excelência de seus produtos. O Ateliê também se preocupa com o uso e reuso de materiais, contribuindo para um mundo mais sustentável.


Etapas da produção de xilofones: caixas de ressonância e teclas empilhadas
Etapas da produção de xilofones no Ateliê Construindo O Som

O Ateliê Construindo O Som é reconhecido por ter à frente um profissional altamente qualificado e por oferecer produtos que atendem aos mais cobiçados padrões de qualidade. Sua produção é cuidadosamente planejada e os instrumentos são confeccionados com critérios de exigência e parâmetros técnicos rigorosos. Por isso, é referência para estudantes, profissionais e instituições que trabalham com a linguagem musical em áreas como o ensino e a terapia. Roberto assume um sério compromisso com a qualidade e a satisfação dos clientes do seu Ateliê.


Além de fabricar instrumentos musicais de excelência, a empresa compactua com a educação e a terapia através da Música. Roberto Luis possui uma ampla experiência na produção artesanal de instrumentos melódicos de percussão, e é reconhecido como um profissional conceituado no segmento.


 

ENTREVISTA COM ROBERTO LUIS CASTRO


Recentemente entrevistei Roberto Luis Castro e tomei conhecimento do alcance e profundidade do seu projeto cultural e educativo, que também possui dimensão terapêutica pois segundo ele, está baseado no tripé de objetivos ou funções:

Função Artística (Produção Estética)

Função Pedagógica (Educação Musical)

Função Terapêutica (Musicoterapia)


Seguem alguns pontos principais da nossa conversa:

Natan: Olá Roberto Luis, obrigado por nos conceder essa entrevista. Para começarmos, poderia nos falar um pouco sobre o processo de construção de um instrumento musical?


Roberto Luis: Olá Natan, obrigado por ter me convidado. Bem, o processo de construção de um instrumento musical é geralmente dividido em várias etapas, incluindo a seleção de materiais, o desenho do projeto, o corte e o acabamento dos componentes, a montagem e o ajuste final. Dependendo do tipo de instrumento, pode haver também etapas adicionais, como a fabricação de baquetas, o tingimento de madeiras ou a produção de estojos.

Natan: Porque você decidiu se tornar um construtor de instrumentos, deixando praticamente de lado a sua carreira como músico ou como educador musical?

Roberto Luis: Penso que decidi me tornar um construtor de instrumentos porque eu sempre tive um interesse em entender como as coisas eram feitas e como funcionavam. Gostava de desmontá-las e experimentar diferentes materiais e técnicas para ver o que funcionava melhor. Na adolescência eu era uma espécie de pequeno "inventor".

Eu sempre achei que os instrumentos eram coisas mágicas que poderiam criar música e emoções incríveis, e eu queria fazer parte disso de alguma forma. Comecei tocando e estudando alguns, até me entregar definitivamente à arte de construir.

Quanto à carreira como músico ou educador musical, penso que ficaram um tanto de lado quando fui percebendo que não era tão apaixonado por essas coisas quanto pelo processo de construção de instrumentos. Eu gostava de tocar e ensinar Música, mas não era algo que me mobilizasse tão intensamente, como a construção de instrumentos. Percebi que eu tinha maiores habilidades e interesse em trabalhos manuais e criativos, o que me levou a me concentrar em ser luthier, numa área bem específica, embora eu continue sendo um educador e um músico.

Natan: Será que além de investigar os objetos por fora e por dentro você já não trazia um tino inventivo, uma atração por criar coisas novas?


Roberto Luis: Essa é uma possibilidade. Pode ser que eu tenha um interesse natural por inventar coisas novas e isso se reflita na curiosidade em investigar os instrumentos por fora e por dentro. Ou talvez seja a própria atividade de investigar e criar coisas novas que tenha despertado em mim essa atração pelo aspecto inventivo. De qualquer forma, o importante é que você encontre maneiras de explorar e desenvolver suas habilidades de criação e invenção.


Natan: Quantas pessoas trabalham com você no Ateliê? Você possui aprendizes? Como deve fazer quem tiver interesse em aprender a produzir instrumentos artesanais?


Roberto Luis: Embora denominado como Ateliê Construindo O Som, não há um Ateliê enquanto equipe de trabalho, funções divididas entre diversos profissionais dando conta da produção e venda dos instrumentos que levam a assinatura “Construindo O Som”. Todo o trabalho é feito por mim, com eventuais colaborações quando tem alguém disponível, mas mesmo enquadrado na categoria MEI, até hoje a empresa não tem funcionário para dar suporte às diversas atividades. Tentei articular para ter um jovem aprendiz, mas não foi possível conciliar o meu ritmo intenso com um horário para ministrar a formação inicial do candidato. É minha intenção promover formação nessa área para iniciantes, dependendo tão somente do interesse e patrocínio de pessoas/entidades afinadas com esse objetivo.

Espero em breve poder ministrar cursos/oficinas voltados para jovens aprendizes, como também para educadores e terapeutas que considerem a importância do uso de recursos sonoros e musicais na consecução de seus objetivos. Venho me preparando há anos para acolher e preparar indivíduos que possam se tornar continuadores competentes dessa obra, assimilando o conhecimento sistematizado e transformando-o em novas realizações sonoras. Mas tal objetivo não pode ser alcançado sem um apoio institucional e/ou patrocínios.


Natan: Qual é a sua opinião sobre a utilização de instrumentos musicais produzidos de forma sustentável e eticamente responsável?


Roberto Luis: Eu acho muito importante considerar a sustentabilidade e a responsabilidade ética na construção de instrumentos musicais, como quando utilizamos madeiras de demolição, por exemplo. Isso inclui a escolha de materiais ecológicos, a minimização do desperdício e o apoio a comunidades locais. Acredito que é possível criar instrumentos de alta qualidade de forma sustentável e responsável, e isso pode ser uma vantagem competitiva no mercado. Mas eu falo no sentido de uma produção de maior porte, o que não é o meu caso.


Natan: Quais são os materiais mais comumente usados na fabricação de instrumentos musicais? Qual é a importância da seleção dos materiais para a qualidade do instrumento?


Marimba cromática com barras sonoras de vidro e executante aproximando os pares de baquetas do instrumento
Materiais inusitados: o vidro produz uma das sonoridades mais encantadoras dos teclados de percussão

Roberto Luis: Os materiais mais comuns usados na fabricação de instrumentos musicais incluem madeira, metal, couro, e até tecido, nylon, plástico, argila, vidro e porcelana. Atualmente a indústria pesquisa e desenvolve o uso de materiais sintéticos, e surgem fibras e novas ligas metálicas que se transformam em barras sonoras quase indestrutíveis.

A seleção do material depende do tipo de instrumento e do efeito sonoro desejado. A escolha dos materiais é muito importante para a qualidade sonora de um instrumento. Cada material tem suas próprias características acústicas. Por exemplo, a madeira tem uma resposta de frequência diferente do metal; o couro natural pode adicionar aos instrumentos uma resposta de ataque única, diferente das peles sintéticas. Além disso, a qualidade dos materiais também pode afetar a durabilidade e a aparência do instrumento.


Percussão contemporânea: novos materiais produzindo tons musicais

Natan: Qual é a sua opinião sobre o uso de instrumentos musicais feitos à mão, em contraposição aos instrumentos produzidos em massa?


Roberto Luis: Eu acredito que instrumentos musicais feitos à mão tendem a oferecer qualidade sonora e personalidade únicas, só alcançadas através da mão-de-obra artesanal. O cuidado de um artesão individual, produzindo peças com apurado controle de maleabilidade, ergonomia e acima de tudo isentas de farpas ou outros elementos que possam oferecer risco no seu manuseio, é incomparavelmente maior que em uma linha de produção, com funcionários não músicos. No entanto, também reconheço que a produção em massa pode tornar os instrumentos mais padronizados e acessíveis a um público mais amplo. Cada tipo de produção tem suas próprias vantagens e desvantagens e é importante encontrar o equilíbrio dentro da sociedade, tudo em função da oferta e demanda.

É essencial que cada vez mais pessoas tenham acesso à experiência sonora e musical. O lema é: "Muito Mais Música no Mundo".


Natan: Qual é a sua experiência com a utilização de instrumentos musicais em terapias musicais e como os instrumentos podem ser utilizados de forma eficaz neste contexto?


Roberto Luis: Tenho tido alguma experiência em trabalhar com instrumentos musicais, dividindo conhecimento com outros profissionais no campo terapêutico e afirmo que eles são, sim, muito eficazes neste contexto.

Devemos considerar aqui a questão do uso dos instrumentos na musicoterapia e como terapia sonora. Na musicoterapia, o foco é a improvisação musical, a expressão pessoal e o efeito curativo do som. O acesso ao instrumento (objeto intermediário) dá acesso também a um nível específico de experiência sensorial-emocional. Em uma experiência terapêutica bem conduzida, o corpo humano torna-se uma parte vibradora-ressonante do instrumento. Isso causa uma intensificação da experiência sonora. O som então não é percebido apenas de forma auditiva mas experimentado com todo o corpo e sentido através da vibração. Como a estrutura óssea e o fluido corporal são excelentes condutores de som, vibrações harmoniosas penetram profundamente na estrutura celular e tecidual do ser humano. A pessoa praticamente "banha-se" em som. Os instrumentos podem ser usados na técnica de musicoterapia receptiva, quando são tocados sobre o corpo do paciente, transmitindo vibrações e energia para áreas específicas do corpo (nas costas, tórax, estômago ou região pélvica) por meio de sobreposição suave e direcionada. Alguns instrumentos especiais de cordas produzem vibrações finas e um espaço acústico suavemente envolvente é criado para o receptor-ouvinte.



Imagens de alguns instrumentos musicais de diferentes procedências
Diversidade dos instrumentos: encontros sonoros, usina de sons musicais

Natan: Fale sobre a sua experiência de trabalhar com objetos sonoros de diferentes referências culturais e como isso informa a sua obra?


Roberto Luis: Tenho pesquisado a Música de diferentes culturas pois acredito que isso pode ser muito enriquecedor. Cada esfera cultural tem sua própria tradição de instrumentos musicais e aprender sobre elas pode inspirar ideias e técnicas novas na construção de veículos sonoros. Além disso, trabalhar com elementos de diferentes culturas pode inspirar a adaptação de projetos e técnicas, o que se torna um desafio, mas também um aprendizado valioso. Poderia citar que o 'Instrumentarium' concebido e adotado pelo pedagogo alemão Carl Orff, hoje usado universalmente, tomou como ponto de partida objetos sonoros variados originários da África ou do Sul da Ásia, por exemplo. Outro exemplo, é a difusão mundial da Kalimba, Mbira ou Sansa, proveniente da África e "descoberta" por musicólogos ocidentais. Muitas dessas fontes sonoras passaram a integrar as orquestras de Música erudita e as obras dos compositores, mesmo que às vezes fossem denominados "instrumentos exóticos".


Natan: Como você equilibra a tradição e a inovação na Luteria? Qual é a sua opinião sobre o uso de tecnologia avançada na construção de instrumentos musicais e como isso afeta o processo de criação?


Roberto Luis: A utilização de tecnologia avançada pode ser útil na construção de instrumentos musicais, agilizando os processos e proporcionando precisão adicional. No entanto, também acredito que a tecnologia deve ser usada de forma equilibrada sem deixar de lado técnicas artesanais tradicionais.

A arte e a criatividade humanas desempenham papel fundamental na construção de instrumentos, pois permitem a elaboração permanente de novas formas e designs. Recursos tecnológicos de inteligência artificial entram cada vez mais nos processos construtivos. Isso também pode ajudar a criar novas ligações emocionais com os instrumentos e através do design inovador, torná-los mais atraentes para o usuário.


Natan: Você tem algum projeto ou instrumento que você considera o seu maior sucesso ou desafio até agora?


Roberto Luis: Talvez o maior desafio tenha sido o de construir 7 marimbas africanas no estilo do Zimbabwe, no período de 2010/2011. Porque são instrumentos gigantescos, e porque eu nunca havia feito nada semelhante. Aprendi muito nesse processo.



5 marimbas africanas estilo Zimbabwe sonre o palco de um teatro.
Set de marimbas africanas estilo Zimbabwe no palco

Marimba e instrumentos típicos da música africana do Zimbabwe: Djembê, Hosho (chocalhos)
Marimba e instrumentos típicos da Música africana do Zimbabwe: Djembê, Hosho (chocalhos)

A construção de um set composto por 3 sopranos, 2 contraltos, 1 barítono e 1 baixo foi encomenda de um músico gaúcho, na época morando na Islândia. Motivado por haver trabalhado com conjuntos de marimba do tipo Zimbabwe naquele país, teve a intenção de trazer essa experiência para cá.


O que deveria ser um grande projeto aqui no Brasil culminou, após enviar os instrumentos para Porto Alegre, na utilização do conjunto de marimbas por um curto período. Ironicamente, as peças voltaram para Salvador, adquiridas por uma professora da universidade, que as disponibilizou para um projeto percussivo na comunidade religiosa do Gantois. Tenho a expectativa de que esses instrumentos possa ainda servir à finalidade para a qual foram construídos, pois eles estão feitos para durar muitas décadas.


Marimbas africanas, atabaques e pessoas vestidas de branco,  no espaço sagrado do Gantois em Salvador
Marimbas africanas no espaço sagrado do Gantois em Salvador

O trabalho construtivo, os resultados e toda a história das marimbas africanas estão documentados no meu site:


A constatação para mim mais verdadeira é a de que, todas as vezes que falamos em parcerias, independentemente da minha vontade isto não se concretiza em definitivo. No entanto, uma das características mais interessantes da prática em Música é o espírito de coletividade, o trabalho em conjunto, algo que aliás está implícito no estilo musical praticado pelos grupos africanos de marimbas.


Natan: Enquanto não se concretiza o projeto de formação pretendido, você teria algum conselho para pessoas que estão interessadas em seguir uma carreira como construtor de instrumentos musicais de percussão?


Roberto Luis: Cada artesão tem sua própria abordagem, metodologia e estilo de construção, e não existe uma fonte central de informações ou técnicas compartilhadas. Isso pode tornar difícil para os iniciantes encontrarem recursos e orientação sobre como começar.

Para as pessoas interessadas em construir seus próprios instrumentos musicais, eu aconselharia a pesquisar e estudar sobre o assunto, se possível, com a ajuda de profissionais experientes ou através de cursos. É essencial munir-se da paciência e do cuidado, pois a construção de instrumentos pode ser um processo demorado que requer habilidades técnicas e artísticas.

É muito importante ter um espírito criativo e aberto a novas ideias e possibilidades.

Existem algumas oportunidades de aprendizado, como workshops e cursos oferecidos por luthiers experientes e até mesmo escolas de Música que oferecem disciplinas relacionadas à construção de instrumentos de percussão. Além disso, a internet também oferece uma grande quantidade de recursos e informações que podem ajudar os interessados a aprender sobre a arte da construção desse tipo de instrumentos.


Natan: Obrigado pela entrevista, Roberto. Pode ter certeza de que falarei mais vezes aqui sobre as muitas vertentes que identifiquei no seu projeto. Para concluir, você gostaria de acrescentar algum ponto final ou deixar alguma mensagem para os nossos leitores?

Roberto Luis: Obrigado por me dar a oportunidade de falar um pouco sobre o meu trabalho. Gostaria de acrescentar que a construção de instrumentos musicais é uma arte que exige muita dedicação e habilidade, um trabalho quase monástico, mas também é muito gratificante. É uma ótima maneira de expressar a própria criatividade e de contribuir para a cultura musical e a educação.

Gostaria de concluir encorajando as pessoas a explorar essa área e a apreciar e viver a beleza e a diversidade dos instrumentos musicais.


LINKS INSTITUCIONAIS

Loja virtual:

Site oficial:


Blog:

Perfil Instagram

Posts recentes

Ver tudo

1 commentaire


Clécio Rimas
Clécio Rimas
03 janv. 2023

Mestre Roberto produz verdadeiras pérolas da luteria brasileiro. Além de cliente, sou fã demais deste grande brasileiro! Parabéns pelos trabalhos!

J'aime
bottom of page